terça-feira, dezembro 19


A arrogância em substituição da Razão!

Aqui está um conjunto de nove argumentos a favor do aborto, que encontrei na página da Associação para o Planeamento da Família, o que achei irónico visto o planeamento da família estar a ser feito por pessoas que defendem eliminar elementos desta antes de nascerem. Pelo que decidi transcrever a patente hipocrisia e refutar os pseudo-argumentos.

“1. A proibição do aborto mata mulheres

Proibir o aborto não o elimina. Quando as mulheres sentem que ele é absolutamente necessário fazem-no, mesmo em segredo e sem cuidados médicos.”

2. O aborto legal protege a saúde da mulher

O aborto legal não protege apenas a vida das mulheres, protege também a sua saúde. Um aborto mal feito pode ter severas consequências, p. ex. a esterilidade da mulher.”

A proibição do aborto não mata mulheres nem prejudica a sua saúde, o que mata e prejudica as mulheres é escolherem o aborto como forma de contracepção.

“3. Uma mulher é mais do que um feto

Argumenta-se que um feto é uma "pessoa", semelhante a nós, com iguais direitos. Nesta questão existe uma tremenda diversidade de opiniões religiosas, filosóficas, científicas e médicas. É uma controvérsia com séculos de existência. Impôr uma lei definindo um feto (um embrião, ou mesmo um ovo) como uma "pessoa", com direitos iguais ou mesmo superiores aos de uma mulher - uma pessoa que pensa, sente e tem consciência - é arrogante e absurdo. Um ser "humano" em potência não passa disso, ainda não existe como tal.”

Uma mulher não é mais do que um feto, como não é mais do que um homem, uma criança, um idoso ou um doente, são todos seres humanos que devem ter direito igual à vida perante a lei. Esta é uma afirmação ultra-femenista, que advoga para si o direito de decidir quem após a concepção, tem o direito de continuar a viver.

“4. Para uma mulher, ser mãe é apenas uma opção

Travaram-se muitas batalhas pela igualdade política e económica das mulheres. Os ganhos obtidos valem de pouco se a escolha reprodutiva é negada. Poder escolher um aborto seguro e legal torna possível muitas opções. De outro modo, um acidente, uma precipitação ou um abuso, podem acabar com a liberdade económica e pessoal de uma mulher.”

É uma opção que deve tomar com certeza, e para tal pode usar a contracepção, a pílula do dia seguinte ou abstinência sexual, mas não o aborto.

“5. A proibição do aborto é discriminatória

A proibição do aborto é discriminatória em relação às mulheres de baixo nível sócio-económico, que são levadas ao aborto auto-induzido ou clandestino. As que têm posses podem sempre viajar para obter um aborto seguro.”

É tão absurdo como defender que a proibição de outros crimes é discriminatória, porque as pessoas que têm posses têm acesso a bons advogados, e as de baixo nível socio-económico apenas a advogados do Ministério Público.

“6. A proibição do aborto aumenta o recurso ao aborto

Muitos abortos poderiam ser evitados se as mulheres pudessem discutir abertamente a sua gravidez. Um aborto legal também pode ser o caminho para uma futura contracepção mais eficaz.”

Da mesma forma que devemos abolir todas as leis para estimular nas pessoas uma segunda oportunidade de verem que agiram mal. Do género: Agora que atropelei aquela senhora na passadeira já não bebo mais antes de conduzir, obrigado sociedade portuguesa por não me punires, senão nunca me tinha apercebido que era um erro! Esplêndido.

“7. O aborto ilegal, produz crianças "responsáveis" por outras crianças

A gravidez na adolescência, na situação actual, tem tendência a aumentar. Pode acontecer com a sua filha ou com alguém que lhe é chegado. Eis a questão crítica: deve a falta de conhecimento, a falta de maturidade, ou um descuido momentâneo ser punido com uma gravidez e maternidade forçadas? Ou com um perigoso aborto ilegal? Devemos condenar uma adolescente a uma sentença de desesperança, desemprego e dependência?”

A gravidez não é uma punição, é um Bem que nos é concedido. Lamento que a pessoa que redigiu estas “justificações pró-abortivas” ache que puniu os pais a vida toda. E mais uma vez a contracepção existe. Responsabilizar cada um pelos seus actos é o dever da Lei, não o de permitir a alguns o privilégio de punir os outros pelos seus “erros”.

“8. O primeiro direito da criança é ser desejado

Quando as mulheres são forçadas a levar uma gravidez indesejada até ao fim, o resultado é uma criança indesejada. Todos sabem que elas estão entre os mais trágicos casos sociais, frequentemente abandonadas, não-amadas ou brutalizadas. Quando crescem, estas crianças estão frequentemente em séria desvantagem e, por vezes, em rota de colisão com os outros. Isto não é bom para as crianças, as famílias e a sociedade. Uma criança precisa de amor, de uma família que a queira e se preocupe por ela.”

O primeiro direito da criança é igual ao de todos os seres humanos, é o da Vida, sem ele de nada lhe valem os outros. O primeiro dever de uma mãe para com a criança é que é o Amor. Se não é mãe, tenha o bom senso de evitar a gravidez.

“9. A possibilidade de escolha é boa para as famílias

Mesmo quando são tomadas precauções, os acidentes podem acontecer e acontecem. Para algumas famílias isso não é problema. Mas para outras pode ser catastrófico. Uma gravidez indesejada pode aumentar tensões, romper a estabilidade e empurrar as pessoas para baixo do limiar de pobreza.”

Para isso temos a razão, para agir em conformidade e fazer escolhas, acidentes acontecem, e a maioria de nós vive com isso responsavelmente. As mulheres grávidas devem ter um estatuto especial em termos de responsabilidade? Com o custo de uma vida?

Bem-haja!

3 comentários:

Anónimo disse...

Óptimo texto.

Se me permite, um acréscimo ao três: E porque é que há-de haver uma escolha entre a mulher e o feto? Em caso de aborto, o feto morre, em caso de não-aborto, a mulher passa a mãe, o que não será, certamente, comparável a morrer...

Muito bem.

Anónimo disse...

Bom texto, séria análise, importante reflexão.

Continuem o bom trabalho.

Saudações

Anónimo disse...

O CARALHO! anormais