domingo, janeiro 14


"A responsabilidade cívica do cristão"

Num excerto da Folha Informativa nº 950 da Paróquia do Campo Grande, de 14 de Janeiro de 2007, lê-se:


"Em breve, os portugueses vão ser chamados a pronunciar-se sobre a "interrupção voluntária da gravidez", forma eufemística de falar do "aborto". É a licitude deste proceder, por vontade exclusiva da mulher. Perguntar-se-á o que está em questão?
  • A vida humana que, no quadro do ciclo vital, começa na concepção e termina na morte natural. Todos fomos zigoto, embrião, feto, criança, adolescente, jovem, adulto, etc. Este ciclo de vida não pode ser cortado.
  • A responsabilidade pessoal e comunitária de todos os intervenientes neste processo vital: a mulher/mãe, o homem/pai, o embrião ou feto/filho, a sociedade/governantes, profissionais de saúde, políticos e, até, amigos. Todos somos responsáveis por esta vida, a defender e a promover.
  • A dignidade da mulher, chamada no amor a colaborar com o poder criador de Deus e, por isso, capaz de proteger, desenvolver, acompanhar e amar o fruto desse mesmo amor.
  • A fidelidade aos valores do Evangelho que pede o respeito pela vida em todas as suas etapas, que reclama a justiça garantindo a cada um tudo aquilo a que tem direito, que sublinha de amor todas as decisões, superando os egoísmos, as violências e as mortes.
  • A coerência de uma vida cristã, centrada em Cristo "Senhor que dá a ida em abundância" (cf. Jo 10,10), exigindo como condição a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, dinamizada pelo amor, e abrindo-se a uma comunidade de irmãos, mesmo os mais pequeninos.
  • A atitude do Estado para que proteja a promova os mais fracos e mais carenciados, entre os quais estão, certamente, as crianças por nascer.
É tudo isto que está em questão e que obriga os cristãos a participar num acto cívico que a ninguém pode dispensar. É um dever de cidadania, mas é tambem um dever de quem fez proissão de fé cristã, para a transformação do mundo."

Pe. Vítor Feytor Pinto


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