quinta-feira, fevereiro 1


O fulcro da questão

Felizmente já ninguém, se excluirmos, claro, os mais fundamentalistas, radicais e fanáticos, que são sem dúvida uma minoria, têm dúvidas que há vida às 10 semanas. Às 3 semanas bate um coração, às 6 semanas podem ser detectadas ondas cerebrais, às 10 semanas o feto tem dentes de leite, chucha no dedo, e tem centenas de milhares de vezes o seu tamanho original. Perante esta questão, a dúvida que se coloca é se devemos optar pelo valor vida ou pelo valor opcção livre da mulher.
(...)
O exercício que proponho o leitor a fazer é simples: Numa reflexão pessoal, auto-questione-se em que mais situações considera plausível prevalecer o valor opcção da mulher. Eu fiz essa pergunta a mim mesmo, e não encontrei nem mais uma situação onde o valor vida deva ser subtraído em detrimento do valor opcção da mulher. Coloco as minhas mais sérias dúvidas que mais alguem, estando de boa fé, a possa encontrar. Poderá ainda o leitor perguntar e num caso onde tudo falhe (a pílula falhou, o preservativo rebentou e não se deu por isso para se tomar uma pilula do dia seguinte - a possibilidade de estes factores acontecerem cumulativamente é de 1 para 6 milhões). Devo aqui referir que este argumento é demagógico, pelo que nenhuma lei pode cobrir 100% dos casos. Esta lei, estatistícamente cobre 5999999 de casos. Existindo 18000 abortos por ano, como podem perceber, teríamos que esperar séculos para a lei falhar.

Sem dúvida, a não perder em: http://cascatanegra.blogspot.com/2007/01/aborto-o-post-final.html

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei muito da sua exposição.Sou contra o aborto em todas as situações, mesmo nas que a actual lei contmpla. O único caso em que admito dúvidas é quando só um :a mãe ou o filho, pode sobreviver.E mesmo esse deixa- me confusa. Quem decide?
è tão óbvio o peso das razões do não e tão óbvio o egoísmo, a falta de valores, o desmazelo, o crime das mulheres que abortam, que só uma sociedade completamente decadente, pode classificar de bom tal procedimento. maria