quarta-feira, fevereiro 21


A OPA de Sócrates a Patrick Monteiro de Barros

Patrick Monteiro de Barros mais uma vez está no alvo do governo socialista. A esta monta, por suposta informação confidencial sobre a OPA do BCP sobre o BPI, que a sua corretora teve e que permitiu a ele e mais uns investidores, arrumar em poucos dias uma quantia que supera pelo menos para um (não dizem qual) lucros superiores a mil milhões de euros. A lei é a lei, e deve ser para todos, não contesto.
Mas a informação priveligiada é de uso corrente e nunca se ouve falar. Então o porquê desta caça a PMB? Este senhor não brinca com o investimento e propôs dois negócios de envergadura gigantesca e com considerável investimento internacional para a construção de uma central de energia atómica e uma refinaria petrolífera em Sines. Ambos projectos chumbados a uma velocidade alucinante mesmo para os membros de um governo simplex. Inviabilizável ou não, acredito não lhe ter sido sequer dada a oportunidade ou beneficio de dúvida. A rapidez com que rejeitaram, impossibilita qualquer estudo sério ou esclarecimento da opinião pública.
Então qual a razão de numa altura de grave crise energética lusa, e em que é deficitário o número de refinarias petrolíferas no mundo (responsável pelo agravamento do preço dos combustíveis) tamanha arrogância?
É visivel a vantagem económica que ambos projectos trariam para Portugal (independentemente dos necessários estudos que se teriam que fazer para avaliar o custo-benefício). Mas o que um projecto deste calibre tem de muito mau, é o facto da sua magnitude económica e de interesse internacional não permitir um controlo por parte do governo nos seus lucros e influências.
Os grupos de interesse que se geraram na indústria das chamadas energias renováveis, e das quais o engenheiro socrates tem grande comparticipação desde os tempos em que foi Ministro do Ambiente (cargo que lhe abriu este caminho tão benemérito para a sociedade portuguesa). Estas energias renováveis têm custos energéticos várias vezes superiores (chegam a dezenas) pagos através de subsídios a 25 anos (pagos, lá está, pelo estado). Estes subsidios têm o custo muitas vezes de falir empresas auto-sustentadas, que ficam assim impossibilitadas de competir pelo preço a pagar pela matéria prima Acaba-se com industrias que dão lucro para pôr industrias de energias renováveis (como a da biomassa) de pé á custa de subsídios para uma energia que só dá proveito a quem a detém.
Esta guerra de interesses tem assim prejudicado PMB que se vê agora a braços com uma bela caçada á sua pessoa.

Bem-haja!

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